A instituição do diaconato.
Atos dos Apóstolos 6: 1-7
“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos … E os doze, convocando a multidão dos discípulos… Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. E este parecer contentou a toda a multidão… e os apresentaram ante os apóstolos… E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.”
Ao dizer ‘boa reputação’, provavelmente, Lucas não se referia somente sobre a conduta na sociedade, sem dúvida alguma, ele apontava, também, sobre a conduta na igreja. Paulo, escrevendo a Timóteo, lista os requisitos necessários para os que são chamados ao diaconato. É imprescindível uma boa conduta na sociedade onde vive, além de ter uma vida ilibada na família e na igreja. Evidentemente que as exigências para o exercício das funções ministeriais nas igrejas não se distinguem de acordo com a função, ou seja, independente da função, todos devem preencher os mesmos requisitos.
A instituição do diaconato teve por origem a murmuração que surgiu em torno do cuidado pelas viúvas da igreja de Jerusalém, tendo surgido para providenciar os problemas materiais mais essenciais da comunidade cristã; porém, o fato de que era exigido daqueles homens que fossem dotados de elevadas qualificações espirituais, mostra-nos que o trabalho material não era única responsabilidade e labor de que estavam investidos.
O exercício do diaconato desenvolveu-se e expandiu-se e os indivíduos nomeados para o mesmo tomaram-se líderes da igreja cristã de muitos outros modos, além de cuidarem do recolhimento das esmolas, embora isso fizesse parte mais importante da vida piedosa, na igreja primitiva, do que estamos acostumados a ver nas modernas igrejas evangélicas.
O modelo diaconal que o Livro de Atos nos apresenta os sete se conduzindo muito mais como administradores e anciãos da igreja local, também mostraram ser missionários de elevada categoria. Por essa razão alguns estudiosos defendem a tese de que os ‘sete’ ocuparam um oficio sem igual, quase paralelo ao do apostolado, porque me nenhum lugar do Novo Testamento há alguma referência aos ‘sete’ como diáconos. Filipe na verdade é chamado um “evangelista” e relatos subsequentes enfatizam o papel dos sete no debate, ensino, pregação e batismo.
A saudação de Filipenses 1.1 – “Paulo e Timóteo, servos de Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus que estão com os bispos e diáconos em Filipos”, parece referir-se ao diaconato como uma função específica e relativamente definida dentro da congregação estreitamente associada com o bispo (ou superintendente), talvez especialmente na administração da contribuição pela qual Paulo agradece aos filipenses.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia Bíblica de Champlin, vol. 2