O derramamento do Espírito.
Atos dos Apóstolos 2: 17
“Nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre todos os povos, os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos.”
O versículo acima é uma citação que Lucas fez do que o profeta Joel tinha pronunciado diante da devastação que uma praga de gafanhotos proporcionou naqueles dias. Entretanto, os escritos de Joel é mais que um registro histórico ou uma lamentação, ele usa a praga de gafanhotos como base para desenvolver uma teologia do ‘dia do Senhor’. O intuito era despertar as pessoas, pois tais acontecimentos caracterizavam julgamento e salvação, simultaneamente. A simbologia aponta para um exército invasor, a uma batalha decisiva no juízo das nações e a um fato relacionado à salvação — o derramamento do Espírito de Deus.
O profeta vira naquela situação uma advertência, à luz da qual ele convocou o povo ao arrependimento. O arrependimento, afirmou ele, seria agraciado pelo perdão; a chuva viria sobre a terra; trigo e azeite abundariam; e ‘depois destas coisas’, Deus derramaria seu Espírito, não sobre alguns, como até agora, mas sobre toda a carne – “Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito.”
“Nos últimos dias”, aponta para um período específico que é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de Deus. Estes últimos dias abrangem a investida do poder de Deus, através de Cristo, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes. Por isso, somente a segunda vinda de Jesus aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias.
Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em Cristo e experimentarem o derramamento do Espírito Santo. Devemos proclamar a obra salvífica de Cristo, no poder do Espírito. Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de Cristo para buscar o seu povo. Os últimos dias introduzem o reino de Deus com sua demonstração de pleno poder. Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal – “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.
Nem tudo o que Joel mencionou aconteceu especificamente naquela manhã do dia de Pentecostes. Os “últimos dias” incluem todos os dias entre a primeira e segunda vinda de Cristo; é outro modo de dizer “de agora em diante” – “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia.”
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Cronológica.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Novo Comentário Bíblico, David J. Williams