Renúncia e a glória progressiva da “porta estreita”.
Mateus 16: 24; Romanos 6: 6; Gálatas 5: 24
“Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me”;
“… sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado”;
“E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.”
Desde o momento em que adentramos pela ‘porta estreita’, o poder do pecado sobre nós foi derrotado (não aniquilado) na cruz. Nosso ‘velho homem’ morreu, portanto estamos livres de sua inclinação iníqua. O ‘corpo do pecado’ é nossa natureza, herdada de Adão, que ama o pecado. Embora muitas vezes cooperemos voluntariamente com essa natureza, não somos nós, mas o pecado é que é mau, isto é, algumas vezes somos induzidos a praticar o mau mesmo que não sejamos de fato maus.
Renunciar, como já foi dito antes, é abrir (voluntariamente) mãos dos direitos. É abrir mão da razão. “Esforçai-vos para viver em paz com todas as pessoas… (KJA)”, neste versículo, o autor da carta aos Hebreus está dizendo que abrir mão da razão requer esforço. Não vamos conseguir isso imediatamente. Não é como num passe de mágica.
Paulo, nos seus ensinos, afirmou que, por meio da fé em Cristo, fomos absolvidos e declarados ‘inocentes’ perante Deus. O apóstolo enfatizou que não precisamos mais viver sob o domínio do pecado. Deus não nos isola do mundo, nem nos transforma em robôs; ainda nos sentiremos inclinados a pecar e, às vezes, pecaremos. A diferença é que antes de sermos salvos, éramos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas desde que escolhemos viver para Cristo somos livres.
Tomar a cruz de Cristo é símbolo de sofrimento, morte, vergonha, zombaria, rejeição e renúncia pessoal. Quando o crente toma sua cruz e segue a Cristo, ele nega-se a si mesmo. Negar a si mesmo não significa viver desleixadamente neste mundo, como se nada mais importasse na vida. Não é isso! Negar-se a si mesmo é priorizar o Reino de Deus. É estar consciente do valor das coisas e não o custo que elas tem.
A realidade é que crucificar carne é uma atitude que tem que partir de nós. Renunciar é uma atitude pessoal, ninguém pode renunciar por nós. Desde o momento em que aceitamos a Cristo como Salvador, devemos nos afastar do pecado e voluntariamente pregar nossa natureza pecaminosa na cruz. Entretanto, isso não significa que nunca veremos novamente algum sinal desses desejos.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.