A “porta estreita” é um chamado ao arrependimento.
Isaías 1: 15-16; 55: 7; Jeremias 7: 3
“Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal.”
“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR…”
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.”
No contexto bíblico, tanto as palavras de Isaías quanto as de Jeremias tinham, e ainda têm o propósito de despertar o povo de Deus para uma adoração mais sincera. O povo de Judá seguia um ritual de adoração, isto é, cumpriam rigorosamente com as exigências de cunho religioso, mas mantinha um estilo de vida pecaminoso. Era uma religião desprovida do comprometimento pessoal com Deus. Estar presente nos cultos na igreja, participar da santa ceia, ensinar na escola dominical, cantar no coral são práticas vãs a menos que estejamos verdadeiramente comprometidos com Deus. Essas atividades são boas não por causa da opinião da igreja, mas por nosso desejo de buscar e adorar a Deus.
As profecias proferidas por Isaías e Jeremias, mostravam claramente que Deus não queria condenar e destruir o seu povo. O anseio do Senhor era perdoá-los de tudo, se eles tão somente se arrependessem, cessassem de fazer o mal, cuidassem de fazer o bem e obedecessem à sua Palavra. Da mesma forma, o perdão divino está à disposição de todos os pecadores, que confessam a Deus os seus pecados, arrependem-se e aceitam a purificação provida por Deus, mediante o sangue de Jesus Cristo – “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” Aqueles que rejeitam a misericórdia de Deus e, na sua rebeldia, apegam-se aos seus próprios caminhos, se perderão.
O povo cometia todo tipo de pecado (vv. 5-9); depois, no sábado, vinha ao templo, apresentava-se a Deus, e deste modo enganava-se, crendo que estava seguro mediante o amor que Deus lhe tinha. Existe na atualidade esta falsa teologia. Os crentes vivem em desobediência a Deus e à sua Palavra, e julgam-se seguros, porque crêem no sangue de Cristo. Na linguagem de Jeremias, estão confiando em palavras enganosas, que para nada são proveitosas. Deus chama o povo mais uma vez a arrepender-se dos seus maus caminhos, mas eles criam estar seguros simplesmente por causa do templo e dos seus ritos. Não percebiam a necessidade de arrependimento.
O ministério profético de Jeremias foi dirigido ao Reino do Sul, Judá, durante os últimos quarenta anos de sua história. Ele viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultaram na destruição de Jerusalém e do templo; o profeta Isaías, na primeira metade do seu livro (1— 39) contém denúncias e pronunciamentos severos à medida que exorta Judá, Israel e as nações vizinhas ao arrependimento. Os últimos 27 capítulos (40 – 66), no entanto, apresentam-se cheios dc consolação e esperança enquanto Isaias descreve a promessa das futuras bênçãos de Deus através do Messias.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.