"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

Ester se torna rainha: um ato da providência divina.

Ester 2: 16-17
 “Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado. E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti.

Nas histórias da Bíblia podemos comprovar que aquelas pessoas que ocuparam cargos importantes na sociedade em que viviam, não chegaram até onde chegaram por esforço próprio. Não vemos na Bíblia nenhum tipo de campanha política da parte daqueles que auxiliaram reis e faraós na administração dos seus reinos. Aliás, pelo que eram (exilados ou escravos) a chance de chegarem aos palácios dos reis era mínima. Assim, os propósitos de Deus com as nossas conquistas pessoais não estão relacionadas exclusivamente à nossa satisfação pessoal. O fim pelo qual Deus nos abençoa com algumas conquistas na esfera da vida material é para sermos abençoadores do seu povo.

Durante toda a história de Israel, Deus protegeu seu povo escolhido de toda espécie de perigos. Sim, Ele os castigou quando se recusaram a confessar seus pecados e honrar sua aliança com Ele, mas trabalhou incansavelmente nos bastidores, oferecendo seu perdão e revelando seus grandiosos planos para essa nação e também para toda a humanidade. Durante o reinado do rei persa Xerxes (486-465 a.C.), época em que viveu a geração anterior a Esdras, Deus usou esse poderoso rei e alguns servos fiéis para salvar os judeus do extermínio e preservar a linhagem davídica, da qual descenderia o Messias.

Dizer que Ester era uma moça que sabia como conquistar o que queria não é nenhuma interpretação desvairada. A instrução que recebera de Mardoqueu e as ‘dicas’ que o eunuco Hegai havia lhe dado foram o suficiente para que ela achasse graça diante da face do rei. Ser uma concubina naquele tempo e naquela cultura não era algo depreciativo como hoje na nossa sociedade.

Entre as concubinas do período persa havia mulheres estrangeiras — filhas de outros reis com os quais foram feitas alianças. O fato de elas terem servas indica que não eram de posição social inferior, embora seus direitos dentro da família real estivessem restritos ao de esposas secundárias. Na verdade, nenhuma pessoa, qualquer que fosse sua posição social, podia se aproximar de um rei persa sem ter sido convocada e, nem mesmo os oficiais podiam ficar a sós com uma mulher real, prova disto é Mardoqueu ter enviado a informação sobre a conspiração de Hamã a Ester por meio do eunuco Hataque.

Entendo que seja um equívoco fazer de Ester uma heroína ou exemplo a ser imitado por alguém. Numa análise minuciosa da história, compreendendo a situação nas entrelinhas, o que vemos é uma mulher disposta a conquistar o coração do rei usando os recursos que fossem necessários sendo eles escusos ou não. O seu comportamento para conseguir o queria é totalmente diferente do de Daniel e seus amigos (estes estavam dispostos a enfrentar o que viesse – leões ou fornalha, mas não negariam sua verdadeira identidade). Ester foi aconselhada a esconder sua identidade para ser a preferida do rei.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Arqueológica.

Compartilhar

Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.