O rei Assuero decide escolher uma nova rainha.
Ester 1: 13-15, 20-22; 2:1-4
“Então, perguntou o rei aos sábios… o que, segundo a lei, se devia fazer da rainha Vasti, por não haver cumprido o mandado do rei Assuero, pela mão dos eunucos… E, ouvindo-se o mandado que o rei decretar…todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde a maior até à menor… Que cada homem fosse senhor em sua casa…”
“Passadas essas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha decretado a seu respeito… que reúnam todas as moças virgens, formosas à vista… E a moça que parecer bem aos olhos do rei reine em lugar de Vasti. E isso pareceu bem aos olhos do rei, e assim fez.”
As leituras diárias desta semana estão intrinsecamente ligadas uma a outra. Em vista disto, tanto o comentário de terça e quarta-feira, como o de quinta e sexta-feira estão abordados em dois artigos somente. O de terça e quarta-feira num e o de quinta e sexta-feira noutro.
No hebraico, o sentido do nome Vasti é desconhecido, porquanto deveria ser algum nome persa, cujos fonemas foram transliterados, para o hebraico e, daí para o português. Ela era a esposa do rei Assuero, que foi repudiada, por motivo de desobediência, tendo sido substituída por Ester. O seu nome aparece por dez vezes, no livro de Ester. Ela deve ter vivido por volta de 520 a.C.
Por ela não querer atender ao rei, que desejava exibir sua beleza, Assuero baniu-a e expediu um decreto dizendo que, em seu império, cada homem governasse o seu próprio lar. Essa também deve ser a norma em cada lar cristão – “… porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja….” Os movimentos feministas modernos procuram igualar homem e mulher. De fato, eles são iguais quanto a privilégios, mas não quanto a funções, e isso é o que o feminismo moderno não quer perceber. Nenhum outro sistema funciona tão bem, na humanidade, como aquele em que a família tem um ‘cabeça’, o marido, que planeja e provê e protege a sua esposa, os seus filhos e os demais dependentes.
O desafio de Vasti a Assuero foi um ameaça a ordem social. Desencadeou uma crise institucional e, Assuero recorreu aos conselheiros credenciados do reino. A conclusão óbvia e unânime era de que o problema da desobediência de Vasti não desmoralizou somente o rei, mas que iria desencadear uma revolução na classe feminina, ou seja, todos os maridos estariam sujeitos a viverem dentro de suas casas a mesma situação que Assuero tinha vivido. A atitude de Vasti, segundo a visão dos conselheiros, prejudicaria a todos e que sua atitude contaminaria todas as mulheres da Pérsia e da Média.
A Bíblia não nos diz qual foi a razão da recusa de Vasti, todavia, os comentaristas sugeriram muitas. Josefo, por exemplo, afirma que pessoas estranhas não podiam ver a beleza de mulheres persas e, outros sugerem que Vasti na compareceu diante de um grupo de homens que já estavam bêbados.
Devemos ter sempre em mente que os antigos monarcas tinham muitas esposas e rainhas, e que as favoritas eram trocadas quase com a mesma frequência como que se trocavam de roupas. Assim como Vasti foi substituída por Ester, com igual facilidade Ester poderia ter sido substituída por outra. A deposição de Vasti como rainha reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio, onde o marido governa a casa, e somente ele tem o direito de iniciar ou dar divórcio. Assim, Vasti perdeu sua posição de poder e prestígio com rainha.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5 (Extraído e adaptado)