Aos cristãos não pertence a vingança, mas o perdão e a paz.
Mateus 5: 9; Romanos 12: 18-21; Hebreus 12: 14
“… bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
“Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
Diariamente somos tentados a agir, pensar e comportar como as pessoas do mudo o fazem. Nossa santificação se fundamenta na busca incansável e exaustiva em sermos diferentes. Isso não é uma tarefa fácil e, muito provavelmente, temos falhado em muitas ocasiões. Muitas vezes, quando percebemos já falamos o que não deveria ser dito; pensamos o que não deveria nem ter entrado no nosso coração; e, agimos de maneira que até o ímpio fica com inveja da nossa atitude.
Como crentes, é nosso dever buscar viver em paz com todas as pessoas. Atentemos para o que a Bíblia deixa bem explícito – “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”, ou seja, não é esperarmos que as outras pessoas se dirijam a nós em busca de paz, mas que o primeiro passo na busca por um relacionamento pacífico e saudável seja dado por nós. Outro detalhe de suma importância que devemos observar é o fato de que o Senhor não diz ‘quando’ isso for possível, mas o ‘quanto’ isso é possível de ser praticado por nós. Não é o ‘quando’ (momento mais propício) podemos fazer isso, mas o ‘quanto’ (desejo real de realizar) queremos fazer isso. Lembrando que se não queremos viver em paz com os outros estamos em desobediência à voz de Deus.
Dentro do contexto da história de Ester, muito provavelmente, Mardoqueu sofreu muitas injúrias, humilhações e perseguições por causa do seu comportamento diante do que Hamã representava para o povo judeu. Como homem Mardoqueu poderia ter agido de muitas maneiras razoáveis em ‘defesa da honra’, mas ele preferiu agir como ‘crente’ e esperar pacientemente o momento certo. É interessante observar que Mardoqueu nunca proferiu nenhuma palavra ofensiva a Hamã, simplesmente o fato de ele não se dobrar diante da presença de Hamã já era o suficiente para demonstrar sua fidelidade a Deus. A questão de Mardoqueu e Hamã não se restringia à individualidade, não era meramente uma questão pessoal, mas Hamã representava perigo iminente para o povo de Deus.
Nossa santificação é em relação ao pecado e não às pessoas. Devemos nos libertar do instinto de vingança e ódio pelas pessoas, porque nós sabemos que Deus vai corrigir todos os erros em seu próprio juízo perfeito. Além disso, a Bíblia afirma que Deus permanece paciente com o malfeitor, para mostrar a graça a ele. Nosso modo de viver pacificamente pode levar o ímpio à conversão, ou pelo menos a um sentimento de vergonha.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.