A rainha Ester denuncia Hamã e todo seu plano ao rei Assuero.
Ester 7: 4-6
“Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem… Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse?E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha”.
Na história de Ester, que se passa no império Persa, os acontecimentos narrados nos revelam que Deus não manteve alguns israelitas na capital a fim de assumirem o controle do reino. Muito pelo contrário, estavam ali, principalmente para ajudarem-se mutuamente a permanecerem vivos e, em contrapartida, auxiliarem os governantes na administração do reino. É nosso dever ajudar os governantes na administração pública, cooperando com eles, desde que não seja algo que confronte nossa fé. Embora sejamos peregrinos neste mundo, todavia, enquanto estivermos aqui devemos viver (até certo ponto) segundo os (bons) costumes que regem este mundo. O estrangeiro no país onde está estabelecido vive de acordo com as leis deste.
O exílio tem efeitos profundos na vida daqueles que são forçados a vivenciá-lo. Além do trauma emocional, muitos exilados enfrentam dificuldades práticas, como a falta de acesso a serviços básicos, emprego e moradia. Eles também podem enfrentar discriminação no país de acolhimento. Aquela geração de israelitas já não enfrentava muitas dificuldades com a sociedade persa em geral. Muito provavelmente, por causa da atitude do rei para com eles, o resto do povo persa ‘suportava’ a presença deles ali, mas não os via com bons olhos – ‘Certamente que os privilégios devem ser oferecidos, em primeiro lugar, aos que são de casa’ – esse é o tipo de pensamento de muitas pessoas. A nossa cooperação com os governos deste mundo está, principalmente, no cumprimento de nossas obrigações como cidadãos deste mundo.
Seria o curso da história diferente se a nacionalidade de Ester tivesse sido revelada antes de ser escolhida como rainha? Os judeus, sem a menor duvida, eram apenas mais um povo subjugado pelo império persa. Pela extensão do império Medo-Persa, muitas outras nações foram conquistadas e, presumivelmente outros povos viviam na capital Susã na mesma condição dos judeus. Sendo assim, muitas das virgens que foram convocadas para se apresentarem ao rei, não eram nem dos Medos, nem dos Persas, deviam ter outra nacionalidade. Mas o ponto central em todo o enredo da história é o povo de Deus e é com estes que o Senhor tem compromisso.
Ester usou as palavras com muito cuidado, para que elas não soassem como acusações contra o próprio rei. A intenção era de que o próprio rei se conscientizasse disso – ele estava envolvido num crime terrível e, por certo, se sentiu culpado. O rei sabia que aprovara aquele decreto de modo impensado. Assinara a ordem de execução da própria esposa! O rei deveria encontrar um modo de salvar, ao mesmo tempo, a esposa e a honra.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento, Warren W. Wiersbe