O decreto do rei Assuero não podia ser revogado.
Ester 8: 7-8
“Então, disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele enforcaram numa forca, porquanto quisera pôr as mãos sobre os judeus. Escrevei, pois, aos judeus, como parecer bem aos vossos olhos e em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque a escritura que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei não é para revogar”.
A lei entre os persas era de que um decreto estabelecido pelo rei não podia ser revogado nem pelo próprio rei. Uma vez feito o mandato, ainda que fosse injusto, seria cumprido na integra do texto sem nenhum impedimento legal. A ordem para a execução de todos os judeus de todas as províncias da Persa tinha sido expedida e ninguém podia anular ou invalidar esta ordem. A tragédia era iminente. Nem mesmo todo amor que Assuero nutria por Ester dava ao rei poder para anular o que ele havia determinado por influência de Hamã. Revogar não podia, mas o rei criou um novo decreto a fim de fazer resistência ao primeiro.
O costume dos persas em não revogar, sobre nenhum pretexto, uma lei estabelecida, nos leva a pensar nos atributos do nosso Deus, mais precisamente nas palavras proferidas por Ele. Como Ele diz de si mesmo na Bíblia Sagrada – “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?”, assim, tudo quanto Ele diz não se revoga. Ele decretou que a alma que pecasse, essa morreria porque isso é o salário do pecado, e isso não está revogado, continua prevalecendo.
O que Ele fez para que as pessoas pudessem escapar deste decreto foi estabelecer outro decreto – “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”. Assim como aos judeus foi concedida (pelo segundo decreto de Assuero) a oportunidade de fazerem resistência ao que estava determinado sobre eles, nós pelo decreto divino do “justo pelos injustos” temos a oportunidade de nos livrar daquilo que estava determinado sobre nós – a morte espiritual.
Nos dois decretos que foram determinados na história de Ester, nós lemos que o rei tirou seu anel e entregou para a pessoa que estava ‘redigindo’ o texto do decreto, ou seja, havia da parte do rei total consentimento/ permissão no que se estava determinando. Ao fazermos alusão aos decretos divinos, nosso Deus também age assim – deu permissão a Satanás de ceifar a vida do homem pecador e, para não anular este decreto (porque Ele não mente e nem se arrepende) deu autoridade a Jesus para, pelo Seu sacrifício na cruz, poupar o homem daquele destino.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.