O Espírito de Deus arvorará a bandeira contra o Inimigo.
Isaías 59: 19
“Então, temerão o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do SENHOR arvorará contra ele a sua bandeira.”
O contexto do capítulo cinquenta e nove de Isaías, fala da trágica condição espiritual em que Judá se encontrava. Mesmo sendo advertidos pelos profetas da perigosa situação em que se encontravam no seu relacionamento com Deus, eles acreditavam piamente que, por ser povo escolhido de Deus, estariam protegidos dos inimigos – YAHWEH os livraria da mesma forma como fez com seus antepassados. Os povos ao redor não ousariam enfrentá-los por que eles tinham a proteção do Deus Todo-Poderoso. Provavelmente as palavras que Raabe disse aos espias quando Israel estava para entrar na terra prometida ainda ecoavam no coração do, agora, povo judeu – “… Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados diante de vós.”
A decadência que Judá experimentava no tempo em que Isaías era o profeta de YAHWEH, não tinha implicações apenas na esfera da religiosidade. Não era só a fidelidade a Deus que o povo, de uma forma geral, tinha abandonado. A rebeldia deles em relação a YAHWEH não proporcionou consequências drásticas somente na esfera da espiritualidade, além disso, a sociedade (quase que generalizada) estava totalmente corrompida moralmente. Evidentemente, que a causa da degradação moral do povo é a rebeldia espiritual.
O que o profeta Isaías está dizendo, no contexto do capítulo cinquenta e nove, de maneira bem clara é que quando as pessoas (independente do tempo e do lugar onde estão) vivem de mentiras, elas se encontram nas sombras, sem saber para onde estão indo – “Por isso, o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão.” Quando a verdade desaparece, cria-se um obstáculo pelo qual a justiça e a equidade (honestidade) não conseguem ir adiante.
A situação dramática de Judá tinha tomado uma extensão tão grande que, pelo que está escrito, todos tinham se desviado da presença de Deus. O Senhor se desgostou da injustiça e do fato de ninguém de seu povo interceder nem tomar uma atitude, por causa disto, o próprio Deus interveio e trouxe os babilônios para destruir Judá e Jerusalém, ensinando-lhes que não poderiam desprezar Sua lei e permanecer incólumes.
Realmente, a maneira como nosso Deus ‘trabalha’ é, de fato, incompreensível. Ele instigou os babilônios contra Seu povo e, ao mesmo tempo, protegeu Seu povo da total destruição. As palavras do profeta visavam conscientizar o povo de que a causa de toda a situação que estavam vivendo, tinha origem neles mesmos e não em Deus.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento, Warren W. Wiersbe