A expressão bíblica “os filhos dos profetas” equivale a expressão “os profetas”.
Amós 7: 14
“E respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e cultivador de sicômoros.”
Amós era fazendeiro e homem de negócios em Judá, chamado como leigo para pronunciar uma mensagem de condenação e juízo contra o reino do Norte, Israel. Ele nada cita sobre sua família ou linhagem, mas proporciona informações numa quantidade acima do comum sobre sua época de modo geral e sobre seu contexto geográfico, cronológico e cultural em particular. Sua ocupação, segundo suas próprias palavras, era a de pastor de ovelhas, mas a palavra usada aqui (noqed) sugere algo mais do que simplesmente alguém que cuida de rebanhos.
Os profetas foram os principais instrumentos usados por Deus para a redução das revelações divinas à forma escrita — as Sagradas Escrituras. Essa era uma função especial revestida de importância capital, porquanto dava ao oficio profético uma função que ultrapassava em muito aos limites da nação de Israel, tendo produzido um dos mais notáveis documentos espirituais do mundo, o Antigo Testamento. O Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia) foram produzidos por Moisés, o primeiro dos grandes profetas, talvez chegado às nossas mãos pela instrumentalidade de vários editores, redatores e outras pessoas que adicionaram certas porções.
De acordo com o Livro ‘Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos’, a família era um “pequeno reino” governado pelo pai. Ele tinha autoridade sobre a esposa, filhos, netos e servos — todos da casa. Os filhos eram criados de modo a aceitar a sua autoridade – “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá” – e se recusassem aceitá-la, ameaçando assim a segurança da unidade familiar, podiam ser punidos com a morte – “Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos, então, seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade e à porta do seu lugar, e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é um comilão e beberrão. Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão com pedras, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, para que todo o Israel o ouça e tema.” Na morte do pai, a sucessão passava normalmente para o filho mais velho.
Acreditava-se que os pais continuavam vivendo nos filhos, por isso estes eram considerados uma grande bênção – “Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e a criação das tuas vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas.” Quanto mais filhos a pessoa podia ter, tanto melhor – “Feliz o homem que enche deles a sua aljava”. Embora todas as crianças fossem causa de alegria, os meninos eram a verdadeira bênção. Os homens permaneciam na família e aumentavam assim seu tamanho e riqueza com esposas e mais filhos.
Erivelton Figueiredo
Deus te Abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, Ralph Gower