O Senhor Jesus possui as naturezas humana e divina em sua Pessoa.
Filipenses 2: 5-8
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.”
Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra. O Deus único, existente em três pessoas, torna possível desde toda a eternidade o amor recíproco, a comunhão, o exercício dos atributos divinos, a mútua comunhão no conhecimento e o inter-relacionamento dentro da deidade. Cristo, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.
Aniquilar-se a si mesmo. O texto no original grego diz literalmente, que Ele ‘se esvaziou’, deixou de lado sua glória celestial – “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”; posição – “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou”; riquezas – “… porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis”; direitos – “… bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos”; e o uso de prerrogativas divinas – “Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”.
Esse ‘esvaziar-se’ importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz. Embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado.
Paulo enfatiza como o Senhor Jesus deixou a glória incomparável do céu e humilhou-se como um servo, sendo obediente até à morte para o benefício dos outros. A humildade integral de Cristo deve existir nos seus seguidores, os quais foram chamados para viver com sacrifício e renúncia, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem.
A encarnação foi um ato do pré-existente Filho de Deus, que voluntariamente assumiu o corpo e a natureza humana. Sem deixar de ser Deus, Ele tornou-se um ser humano, o homem chamado Jesus. Para tornar-se humano, Ele não desistiu de sua divindade, mas deixou de lado o direito à sua glória e poder. Em sinal dc submissão à vontade do Pai, Cristo limitou seu poder e sabedoria. Jesus de Nazaré estava sujeito ao lugar, ao tempo e a muitas outras limitações humanas.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.