"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

O primeiro concílio para tratar de assuntos doutrinários.

Atos dos Apóstolos 15: 6
 “Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.

O primeiro concílio da Igreja ‘cristã’, que muitos estudiosos aceitam como o único realmente autoritário, por contar com a presença dos apóstolos, ocorreu em 48 ou 49 D.C., apenas 15 ou 16 anos após a ascensão de nosso Senhor Jesus. Embora ali não apareça a palavra grega correspondente ’sunédrion’ aparece o fato em si. Ou seja, a igreja tem enfrentado problemas das mais variadas categorias desde o seu ‘nascimento’.

A Igreja cristã começou como um grupo religioso judaico, que observava, essencialmente, leis e costumes judaicos, e que estava começando a sofrer o influxo de membros gentios, por causa da missão gentílica da Igreja primitiva. Não havia como reconciliar o estilo pagão de vida, mesmo quando refinado pela fé cristã, ao caminho judaico cristão. Não podemos esquecer que os convertidos à fé cristã, em Jerusalém, apesar de reconhecerem Jesus como o Messias, e sabendo que um novo movimento religioso estava começando, não viram razão alguma para abandonarem seus costumes religiosos, alguns dos quais reputavam como importantíssimos.

Muitos cristãos primitivos, assim sendo, continuaram crendo que a circuncisão era necessária à salvação – “Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.” Esse mesmo versículo mostra-nos que muitos fariseus convertidos ao cristianismo, vieram a fazer parte da liderança da Igreja cristã primitiva. O problema tratado pelo primeiro concílio cristão consistiu, portanto, em determinar quanto do judaísmo os convertidos gentios ao cristianismo precisavam observar, a fim de que não se rompesse a concórdia entre convertidos gentios e convertidos judeus.

Embora, a impressão de que as reuniões evangélicas devem transcorrer em um ‘clima’ de paz, neste primeiro concílio de Jerusalém houve um acirrado debate. Mas Paulo, em seu apelo pela legitimidade da Igreja cristã gentílica, obteve a vitória essencial, ainda que não em todos os pormenores da questão. O próprio Tiago, pastor ou bispo de Jerusalém, foi retratado a reconhecer a obra de Deus entre os gentios, citando trechos bíblicos apropriados do Antigo Testamento, em apoio ao ponto – “Naquele dia, tornarei a levantar a tenda de Davi, que caiu, e taparei as suas aberturas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e a edificarei como nos dias da antiguidade; para que possuam o restante de Edom e todas as nações que são chamadas pelo meu nome, diz o SENHOR, que faz estas coisas.”

Foi Tiago quem decidiu, mostrando quais deveriam ser as conclusões, e dirigindo a redação de uma carta que deveria propagar por todo o mundo cristão as decisões do concilio. Entre as muitas decisões tomadas neste concílio, a mais importante foi a de que os gentios convertidos não deveriam ser considerados sujeitos à legislação mosaica, como condição de salvação ou como condição de fraternidade na Igreja cristã.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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