“Tesouraria” para cuidar das finanças.

I Coríntios 16: 1-2
 “Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar.”

Organizar uma igreja é muito diferente de transformá-la numa organização. Como já foi dito antes, na Bíblia (ou seja, o próprio Deus) não encontramos nenhuma regra ou padrão estabelecido sobre a formação organizacional de uma igreja, porque o Senhor na sua infinita sabedoria sabe que cada igreja possui uma característica distinta da outra, mesmo sendo congregações do mesmo ministério. As carências de uma igreja podem não ser as mesmas carências de outra. Por exemplo, na igreja onde congrego nossa carência é de espaço físico para acomodar melhor as pessoas e, em outras igrejas do nosso ministério, está sobrando espaço e faltando pessoas.

Não quero (com esse artigo) ensinar os lideres a administrar as finanças das igrejas que presidem, porém, a minha critica é contra os lideres (pastores presidentes e não os dirigentes locais) que concentram todas as finanças das congregações e igrejas que compõe um ministério na tesouraria da igreja sede. Esvaziando, com essa atitude, os ‘cofres’ das congregações (que são obrigadas a bancar as próprias despesas – água, energia elétrica, aluguel, reformas, manutenção de equipamentos de som, etc.), deixando-as sem nenhum recurso financeiro.

Não sou contra que as congregações de um ministério compartilhem as bênçãos recebidas através dos dízimos e ofertas dos irmãos, sou contra a exigência do pastor presidente que TUDO seja enviado para a igreja sede, sem se importar se as carências das congregações estão sendo supridas ou não. O ensino de Paulo é claro! Ele fala de suprir (provisoriamente) as necessidades de uma igreja co-irmã, e não de sustentá-la o tempo todo.

Dentro deste contexto, é imprescindível que as igrejas tenham suas próprias tesourarias. Ter conhecimento de quanto entrou em dízimos e ofertas não é o suficiente, mais importante do que saber quanto tem ‘em caixa’ é saber como administrar no decorrer de trinta dias. Sabendo que parte da receita da igreja tem destinos específicos que não podem falhar. Uma igreja que tem um livro caixa na sua tesouraria não quer dizer que ela se transformou numa empresa, mas tão somente que o irmão (ou irmã) que cuida das finanças é uma pessoa organizadíssima e honesta.

A tesouraria numa igreja é uma evidência da sua organização financeira. Ela não é uma empresa, mas tem que ser organizada neste sentido. A Bíblia manda que sejamos organizados neste contexto – “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” Literalmente está falando de projetos financeiros. E, em nossa sociedade, nada é tão decepcionante quanto receber o nome de ‘mau pagador’ e ‘caloteiro’.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.