Os cristãos foram chamados para ser “sal” e “luz”.
Mateus 5: 13-14
“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;”
Estamos começando, no calendário letivo da EBD, o segundo trimestre das Lições Bíblicas deste ano. E, como sempre digo, o assunto em pauta para esse trimestre, é muito próprio para o momento em que estamos vivendo, tanto nacional como mundialmente.
No decorrer deste trimestre o tema será a ética cristã diante de tudo que está acontecendo. Acontecimentos que assombram não só a sociedade, mas atingem, também, toda a criação. Serão doze assuntos totalmente atualizados e dentro do contexto da missão da igreja neste mundo. São assuntos que, nós como igreja de Cristo, não podemos fazer vista grossa e fingir que não temos nada com isso, muito pelo contrário, a nossa postura de opositores a tudo quanto está acontecendo em nosso país e no mundo, deve estar sempre bem evidenciada. Ninguém no mundo, deve ter, nem o mínimo que seja, alguma dúvida sobre a nossa condição de crentes.
Mas o que realmente significa ética? Ética como ciência é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Mário Sérgio Cortella define ética da seguinte forma: é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida – quero? devo? posso? Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e, nem tudo que eu devo eu quero. Só teremos paz de espírito quando aquilo que queremos é ao mesmo tempo o que podemos e o que devemos.
Nesta passagem, do sermão do monte, Jesus está ensinando, a qualquer um que se dispõe a segui-lo, a viverem neste mundo, ao qual não pertencem, como cidadãos de Seu Reino. Em momento algum, Jesus estava ensinando que deveríamos espalhar pelo mundo afora, técnicas de como ser próspero neste mundo; técnicas de como administrar o mundo; ou técnicas de como vencer todas as dificuldades, em vez disto, fomos ensinados a viver neste mundo de uma forma que, continuemos a valorizar aquilo que o mundo tem desprezado no campo da ética. Enquanto o mundo todo emparelha suas opiniões sobre determinado assunto, nós nos posicionamos de maneira aberta e declarada em oposição. Ser “sal da terra e “luz do mundo”, é uma ordenança que vai além de uma interpretação superficial, significa levar ao mundo, aos homens, a reconhecerem e contemplarem a justiça de Deus, através de nosso testemunho, e com isso, glorificar o Nome dEle.
Precisamos aprender que a nossa atuação como igreja, passa pela proposição de caminho que oriente o ser humano em seu dever pessoal e social. Que soberania divina, eleição, predestinação não têm nada a ver com fatalismo ou determinismo. O ser humano é coagente da história, por isso será julgado. O homem é responsável. É preciso compreender o papel da graça comum, que torna a vida e o progresso possíveis enquanto se desenrola a história da salvação. Ainda que a perfeição não seja passível de ser alcançada, a melhoria, o aprimoramento social o é. A salvação tem de ser apreendida em seu papel social, pois salvação é sempre para e não apenas por.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.