O perigo de uma vida de aparências e de autoenganos.
Jeremias 6: 13-14
“Porque, desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e, desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade. E curam a ferida da filha do meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.”
Queremos partir do princípio que a rede mundial, a internet, é algo bom, útil e necessário no nosso tempo. A internet em si, não pode ser demonizada pelo simples fato de existir, assim como todas as redes sociais, sites, blogs e canais de entretenimento ou informações. Não é a rede mundial que cria as informações que nela encontramos, ela apenas armazena as informações que nela são lançadas a cada segundo. Os artigos que publico diariamente estarão, indefinidamente, circulando pela internet, sem que a rede mundial em si, tenha contribuído na construção do artigo, ela é apenas o veículo de propagação.
Queremos chegar ao ponto em que haja o entendimento de que a internet em si, com suas várias aplicações não influencia seus usuários, mas é usada para influenciar. Queremos que as pessoas entendam que não é a internet que é ruim, mas sim as pessoas que fazem um péssimo uso dela. Quando entendemos que a internet pode ser uma ferramenta de trabalho e não uma arma destruidora, percebemos que ela é uma aliada e não uma inimiga.
Mas, o nosso foco central são as redes sociais, ou seja, são os sites que proporcionam entretenimento e interação com amigos e familiares, bem como constroem relacionamentos que podem perdurar para o resto da vida.
Visto superficialmente, as redes sociais realizam um trabalho, que podemos classificar como sendo beneficente. Contudo, por trás da ingênua aparência, existe um perigo assolador, um veneno fatífero cujo antídoto só se pode encontrar no calor humano de um abraço, no amor fraternal demonstrado fisicamente e na comunhão dos santos manifestada no carinho dos irmãos.
Na Bíblia não encontramos nada que condene o uso das redes sociais, não é pecado termos uma página no Facebook, no Twitter, no Instagram ou usar o WhatsApp. Não é pecado termos seguidores em qualquer das redes sociais ou, seja lá qual for a quantidade de amigos ou contatos que interagem conosco, o problema está na forma de como estamos usando estes canais de interação. Existem muitos perfis que são falsos e, se foram construídos sobre uma mentira, é por que os propósitos deles não são confiáveis. Como crentes, a nossa ética manda que sejamos transparentes nas informações que nos pedem para criar uma conta nas redes sociais, se burlamos essas informações é por que nossas intenções não são boas, e também devemos ser transparentes no relacionamento que temos com as pessoas do nosso círculo de contatos.
Somos advertidos a fugir da aparência do mal, porém, isso não se aplica, estritamente, a um ambiente, neste caso o mal não está nas redes sociais em si, mas nas pessoas que usam as redes sociais. Ora, se descubro que algum dos meus contatos não é o que realmente diz ser, devo me afastar dele radicalmente, para não ser confundido como sendo alguém igual a ele. É melhor termos 3 ou 4 contatos confiáveis do que 300 ou 400 “fakes” amigos.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.