O apóstolo estimula o cristão a fugir das paixões da mocidade.
II Timóteo 2: 22
“Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.”
Existem dois motivos que nos excluem de sermos usados como instrumentos nas mãos de Deus. O primeiro e, também, o mais contundente é o pecado e, o segundo, que não deixa de ser tão pernicioso quanto ao primeiro, são os conceitos que criamos a respeitos das coisas e das pessoas. Tanto um como o outro são empecilhos para o operar de Deus, contudo, tanto um quanto o outro podem ser, eu disse PODEM, reversíveis na vida de qualquer pessoa.
A pouco tempo atrás, nós sabíamos da existência de determinadas coisas, mas não tínhamos acesso a elas, e, em alguns casos, o acesso era vetado por lei, como nos casos de filmes com conteúdo pornográfico que eram exibidos nos cinemas. Antes dos “DVDs” e dos “VCRs” o ingresso nas salas de cinemas para assistir esse tipo de filme, só era permitido com apresentação de documentos comprovando a maioridade. Hoje, com o advento da Rede Mundial de Computadores, em qualquer lar em que se tem acesso a internet, esse tipo de conteúdo está acessível com a maior facilidade e naturalidade.
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Equivocadamente, julgamos que atraímos algum castigo de Deus sobre nós quando deliberadamente o desobedecemos, mas, não é bem isso que acontece. Atraímos sobre nós consequências inevitáveis e não propriamente algum castigo de Deus.
Nosso Deus advertiu Adão que a desobediência seria a causa de sua morte. Em momento algum nosso Deus disse que mataria Adão, muito pelo contrário, mas que Adão atrairia a morte para si em consequência do seu ato.
Quando somos advertidos, por Deus, a fugir de determinada situação, é porque Ele sabe que, por causa da nossa fraqueza, iremos sucumbir à tentação, por isso, Ele implora que fujamos. Mas, como podemos entender a ordem de fugir? Será que é para sairmos correndo de perto de qualquer situação? No caso, sendo o assunto desta semana as redes sociais e a ética cristã, será que não tendo internet dentro de casa é o suficiente para evitar o pecado da falsidade ideológica ou da pornografia? Bem sabemos que a resposta é um sonoro NÃO.
Observemos que a orientação que Paulo dá na carta escrita a Timóteo é para que busquemos um equilíbrio. Ele não está pedindo e, muito menos, sugerindo que nos isolemos da sociedade com suas inovações tecnológicas, mas que sejamos separados. Não basta fugir ou resistir apenas, essas atitudes não nos tornarão imunes aos ataques que se repetirão indiscutivelmente, porém o que nos imunizará dos intermináveis ataques do diabo é a nossa, definida, posição de seguidores da justiça, da fé, do amor e da paz com todos os que, igualmente a nós, estejam separados para sermos testemunhas da incomparável obra de Deus.
Separar-se não é isolar-se. Isso é doutrina bíblica, e não filosofia humana. Aquele que busca santificação, não a alcançará se isolando das coisas deste mundo, mas separando-se delas. Volto a repetir: O problema do pecado não está nas coisas, mas, o problema do pecado está no homem.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.