A função urbanista do sacerdote.
Levítico 14: 36
“E o sacerdote ordenará que despejem a casa, antes que venha o sacerdote para examinar a praga, para que tudo o que está na casa não seja contaminado; e, depois, virá o sacerdote, para examinar a casa.”
O propósito de Deus, ao nos entregar o livro de Levítico para apreciação neste trimestre, é que cheguemos definitivamente ao entendimento de que é totalmente inadmissível que alguém que tenha sido purificado dos seus pecados, permaneça indiferente quanto ao seu comportamento em família, sociedade e igreja, ou seja, aquele que teve seus pecados purificados deve testemunhar isso com atitudes.
A malignidade do pecado é tão aterradora que suas consequências afetam de forma negativa toda a esfera da vida daquele que pecou, deixando cicatrizes e manchas que, em alguns casos, nunca serão esquecidas ou apagadas pelas pessoas ao redor. Porém o que o Senhor quer que entendamos é que, mesmo que algumas cicatrizes ou manchas sejam esquecidas ou apagadas, isso por si só, não resolve o problema do pecado.
Uma das características mais insidiosas do pecado é a de dar ainda vazão a mais pecado. O pecado, por ter crescimento maligno, avoluma-se por conta própria a proporções fatais, tanto na intensidade quanto na dimensão, a não ser quando freado pela purificação no sangue de Cristo. A maneira como o pecado reproduz a si mesmo pode ser vista na Queda, na maneira de Caim descer da inveja ao homicídio e na concupiscência de Davi, que deu à luz o adultério, o assassínio e gerações de sofrimentos.
O pecado para manter-se ativo na vida das pessoas, alimenta-se de mais pecado e, assim, estabelece um ciclo vicioso que culmina numa condição de total aprisionamento, tornando o indivíduo plenamente incapaz de se libertar sozinho. O ambicioso autor da iniquidade, Satanás, é o antagonista principal desse drama maligno. Como governante da presente era, ele tem procurado constantemente enganar, tentar, peneirar e devorar, até mesmo por incitamento direto ao coração.
A Bíblia contém abundantes descrições de atos pecaminosos e advertências contra eles, ela atesta sobre a gravidade do pecado e demonstra sua incrível variedade. A questão do pecado, torna-se mais grave ainda, quando as pessoas o reduzem apenas a meras ações, sem se levar em conta sua profundidade como lei, natureza e força dentro da pessoa e do Universo. Nesse caso, a pessoa acabaria vendo apenas os sintomas, sem tomar consciência da própria enfermidade.
O poder que o pecado exerce sobre o homem, tem duplo objetivo: remover as barreiras que se levantam contra a impiedade, que destrói o indivíduo, e erguer obstáculos contra o arrependimento. O método usado pelo diabo para induzir o homem a pecar, é o engano. Somos seduzidos a praticar o erro e ainda permanecer numa confortante condição de bem-estar espiritual. Engana-se quem pensa que o diabo tenta apenas os fracos na fé, se isso fosse verdade, a Bíblia não nos alertaria sobre o seguinte: ”Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.”
Uma armadilha muito comum entre os crentes, é a de termos nossas mentes paralisadas diante de esplêndidas perspectivas de algo que foi colocado a nossa frente. A razão e consciência ficam petrificadas e não esboçam qualquer reação contrária ao pecado.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Harmatiologia – FEST – Filemom Escola Superior de Teologia