A função judicial do sacerdote.
Números 5: 11-22
“Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: … … … o SENHOR te ponha por maldição e por conjuração no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR descair a coxa e inchar o ventre, e esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre e te fazer descair a coxa. Então, a mulher dirá: Amém! Amém!”
Antes de mais nada, quero insistir com você, caro leitor, que leia todo o texto proposto para hoje. A Bíblia, hoje, está acessível em qualquer lugar, a grande maioria dos crentes tem um aplicativo da Bíblia Sagrada em seus celulares, então, por favor leia o texto na integra, pois eu o suprimi para não deixar o artigo muito extenso.
O pressuposto de que a família é a base de toda sociedade não está alicerçado em filosofias antigas ou conceitos modernos, mas tem origem nos atributos do Deus Santo e Justo. Se tudo está bem dentro do lar, então toda a sociedade irá bem também. Não é a sociedade que estabelece a condição do lar, antes e indubitavelmente é o lar bem estruturado quem rege o comportamento de uma nação.
O texto em questão – Nm 5: 11-22 – apesar de extenso, é conveniente que o leiamos na sua integra para que haja uma perfeita interpretação. O sacerdote na Antiga Aliança, como temos visto no decorrer da semana, tinha outras funções além de ser oficiante nos cultos e ser o intermediador entre Deus e o homem. Ele desempenhava as funções sob a autoridade divina, não era o próprio sacerdote que se auto designava para exercer tais funções, ele era separado por Deus para este trabalho especifico. Contudo, não obstante a autorização divina, havia situações em que ele não tomava as decisões, somente o Senhor era quem podia dar a palavra final. Só o Senhor Deus é quem pode agir como juiz em determinadas sentenças.
O texto de Números 5: 11-22, nos fala de uma situação em que o marido quando suspeitasse que sua esposa estava sendo infiel, mas não tivesse testemunhas para provar. O que poderia fazer? Se suas suspeitas estivessem erradas, quanto mais tempo escondesse seus sentimentos, mais danos causaria a si mesmo, à esposa e à família. Se suas suspeitas estivessem corretas, a infidelidade da esposa poderia trazer fluxos espúrios – ou até mesmo doenças – para casa. Para resolver esse dilema, o Senhor instituiu aquela prova.
O principal objetivo desta prova era frear atitudes precipitadas de um coração cheio de ciúmes. Era a de obrigar o homem a considerar toda a situação antes de tomar alguma decisão que, inevitavelmente, traria consequências indesejáveis para o lar daquela família. Muitas situações que podem ser contornadas com um simples diálogo, às vezes, são decididas em tribunais. O que vemos, hoje em dia, são casais querendo resolver seus problemas com momentos românticos esporádicos promovidos em encontros anuais, mas nenhum deles querem fazer aconselhamento pastoral ou apresentarem-se diante de Deus confessando culpas e resolvendo os problemas. Querem resolver seus problemas pela própria capacidade, desdenhando do poder de Deus para ajuda-los.
O texto nos mostra que o adultério traz sofrimento a todos, e, por vezes, é difícil viver com as consequências dolorosas do pecado perdoado, mas que em Deus é possível recomeçar.
Deus ter abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo Antigo Testamento – Warren W . Wiersbe
Muito bom.