Ninguém se apresentará de mãos vazias a Deus.
Êxodo 23: 15
“A Festa dos Pães Asmos guardarás; sete dias comerás pães asmos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de Abibe; porque nele saíste do Egito; ninguém apareça vazio perante mim;”
O ponto de convergência do culto templário em Israel era o sacrifício. Sem ele não se adorava a Deus, não se lhe demonstravam contrição, gratidão e submissão; não se lhe confessavam os pecados, não se recebia o perdão. Enfim, sem sacrifício não havia serviço litúrgico.
No Novo Testamento, de igual maneira, o culto centraliza-se no sacrifício de Cristo reconstituído memorativamente no rito eucarístico, na proclamação da palavra salvadora e na confissão de pecados. O culto, por sua natureza, é cristocêntrico, mas de um cristocentrismo fundamentado exclusivamente da Palavra de Deus; Cristo segundo a revelação bíblica; não o das “revelações” extra bíblicas; não o transubstanciado (sacramentado) nos altares por ordenação sacerdotal.
A ordem natural do culto sacerdotal em Israel era:
a. Reconhecimento da presença real de Deus.
b. Consciência de que Deus realmente perdoa os pecados confessados.
c. Confissão de pecados com as mãos do confessando sobre a cabeça da vítima oferecida.
d. Morte da vítima, simbolicamente carregando os pecados confessados.
e. Declaração de perdão por meio do sacerdote.
f. Ação de graças pela misericórdia do perdão.
O sacrifício da vítima em lugar do pecador era imprescindível, pois “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”.
Hoje Cristo é o sacrifício em lugar do pecador, mas também é o ressurreto por ele. O que acontecia em Israel, acontece, no essencial, na Igreja: Nossos pecados são depositados aos pés da cruz de Cristo em confissão, para que seu perdão eterno tenha poder dinâmico e restaurador na continuidade da existência do escolhido. A confissão, portanto, é central e essencial no culto cristão. A Igreja que confessa seus pecados e se humilha: Louva, adora e serve ao Salvador. No Velho Testamento o pecador era sacrificado simbolicamente na vítima que oferecia em holocausto. No Novo Testamento o pecador é realmente morto e ressurreto em Cristo, ao mesmo tempo, Cordeiro e Sacerdote. A Igreja é, pois, confessional no testemunho e confessante no culto.
Em outras palavras, o que nosso Deus está dizendo no versículo de hoje é que ninguém está habilitado a permanecer diante dEle sem que um sacrifício seja feito. Na antiga aliança era o sacrifício de animais e, na nova aliança é o sacrifício de Cristo que capacita o homem de estar diante de Deus.
É impressionante a reação das pessoas quando esta palavra é mencionada na igreja. Uma grande maioria deduz que Deus quer dinheiro. Nosso Deus está nos advertindo sobre adoração. É inadmissível que algum israelita, no passado, ou algum crente, hoje, apresente um verdadeiro culto ao Deus Soberano criador de todas as coisas, sem que primeiro tenha participado do sacrifício agradável a Deus.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referência:
– O culto Opúsculo (Rev. Onézio Figueiredo)