A história de Nadabe e Abiú
Números 3: 1-4
“E estas são as gerações de Arão e de Moisés, no dia em que o SENHOR falou com Moisés no monte Sinai. E estes são os nomes dos filhos de Arão: o primogênito, Nadabe; depois, Abiú, Eleazar e Itamar. Estes são os nomes dos filhos de Arão, dos sacerdotes ungidos, cujas mãos foram sagradas para administrar o sacerdócio. Mas Nadabe e Abiú morreram perante o SENHOR, quando ofereceram fogo estranho perante o SENHOR no deserto do Sinai, e não tiveram filhos; porém Eleazar e Itamar administraram o sacerdócio diante de Arão, seu pai.”
Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Nadabe e Abiú nasceram no Egito, testemunharam os atos poderosos de Deus para libertar o povo, bem como na peregrinação pelo deserto. Também foram testemunhas do que seu pai, seu tio e sua tia operaram, pelas mãos de Deus, muitas vezes. Tiveram a oportunidade que poucos teriam de conhecer em primeira mão a santidade de Deus e, ao menos por algum tempo, eles seguiram a Deus fielmente.
Diferente do que alguns crentes pensam, Deus não precisa testar as pessoas, ou seja, Ele não põe responsabilidades nas mãos de alguém para testar a fidelidade e obediência desta, mas é com o propósito de conceder àquela pessoa uma oportunidade de ser diferente. Nadabe e Abiú, por algum tempo andaram irrepreensíveis diante de Deus. Estiveram de pé, porém não vigiaram e a queda foi inevitável. Tudo quanto ouvirmos e lermos sobre as razões que levaram Nadabe e Abiú a conduzir seus ministérios de forma leviana, será pura especulação.
Conduzir um ministério ou função na obra de Deus de forma leviana, é ignorar que o convite que Deus faz ao homem está fundamentado na Sua graça e, não por causa do que somos. Deus nos convida a sermos uteis para Si apesar do que somos. Isso jamais deve ser ignorado por nós.
Embora a teologia seja necessária para o crescimento de um obreiro, ela não pode ser posicionada acima da infalível Palavra de Deus. Os comentários bíblicos, que muito nos auxiliam em algumas interpretações, não podem substituir a Palavra, da qual foram tecidos os comentários. Tem muito crente demasiadamente preocupado com a formação acadêmica em detrimento às experiências pessoais com Deus. Aquela é necessária, mas esta é indispensável.
Transformaram a obra de Deus num amplo e lucrativo negócio, e um ótimo negócio por sinal. São tantas ofertas de cursos de aprimoramento para os ministérios nas igrejas, que chega a ser apelativo. Temos muitos apologetas, exegetas, hermeneutas, conferencistas, poliglotas e, é de perder a conta o número de teólogos. O grave problema desta enxurrada de cursos relâmpagos que existem, é que eles garantem que ao fim do módulo o concludente estará apto a praticar o que foi cursado. Não estou criticando o material didático usado nos cursos e, muito menos, os professores que, dedicadamente, se empenham em transmitir o conhecimento, critico a forma como os cursos são elaborados. Eles não usam nenhum critério na seleção dos alunos, pois, quanto mais matrículas feitas, melhor fica o caixa e, no final vão conceder diplomas a pessoas que nunca sentaram na cadeira de sala de aula, ou seja, vão qualificar uma pessoa para um ministério do qual ela não tem nenhuma capacidade para exercer.
O ministério de Nadabe e Abiú teve um ótimo começo, porém faltou-lhes vigilância para que o fim fosse da mesma forma que o início. Mesmo que tenhamos começado o nosso de maneira inadequada, eis a oportunidade de converte-lo em aceitável.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referencias:
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
– Adoração, Santidade e Serviço – Claudionor de Andrade