As lâmpadas eram de puro ouro.
Êxodo 39: 37
“O castiçal puro com suas lâmpadas, as lâmpadas da ordenança, e todos os seus utensílios, e o azeite para a luminária”
As recomendações que Deus dera a Moisés a respeito dos móveis e utensílios da tenda do tabernáculo, tinha como fim, apagar, de uma vez por todas, da memória dos hebreus qualquer resquício da religião pagã por onde eles andaram. O detalhe de como a obra do candelabro devia ser executada – batida e não fundida, nos remete ao entendimento de que elaborar um móvel de metal a partir da fundição era muito comum naquele tempo – o bezerro de ouro foi fundido, os ídolos eram fundidos, por isso, Deus exigiu que para confeccionar o candelabro não seria usada a técnica da fundição, mas apenas o trabalho artesanal, em suma, o homem se valeria apenas das habilidades naturais.
Em hipótese alguma, devemos nos esquecer que Deus jamais exigirá de nós, algo que não está em nossas condições realizar. A luz emanada do candelabro estava condicionada ao meticuloso trabalho artesanal do homem. O refulgir das lâmpadas dependeria da capacidade do artesão, quanto maior a dedicação em executar seu serviço com perfeição, mais perfeita seria a obra executada por suas mãos.
Assim como no passado, nós como sacerdócio de Cristo, temos que atuar da mesma forma. Se era responsabilidade do sacerdote manter o candelabro abastecido e aceso, é nossa responsabilidade manter o Espírito Santo atuante em nossas vidas. Somos nós que atraímos ou repelimos o Espírito Santo com o nosso modo de viver. O Espírito Santo não habita em templo profanado.
As hastes laterais eram ocas para permitir que o azeite colocado na haste central tivesse o mesmo nível em todas as hastes e assim todas as lâmpadas fossem acesas. O candelabro tipificando a vida do crente, neste caso, quer dizer que, se alguma coisa obstruísse a passagem do “azeite”, a lâmpada não acenderia ou teria seu brilho comprometido, entretanto, não poderia condenar toda a peça, pois o defeito era apenas em uma lâmpada. Estamos ligados a haste principal que é Cristo e, se alguma coisa está impedindo o fluxo perfeito do “azeite”, devemos corrigir imediatamente o defeito para evitar que nosso brilho se ofusque.
O candelabro tipificando a vida do crente, nos transmite uma mensagem muito clara: um candelabro sem azeite não passa de uma peça decorativa. Devemos estar muito atentos para não estarmos apenas enfeitando os púlpitos das igrejas. O azeite que abastecia o candelabro, tinha uma medida certa e suficiente para auxiliar o sacerdote no seu ofício.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.