A oração perfeita.
Mateus 6: 9-13
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!”
Como já dissemos no decorrer da semana, o incenso usado para ser queimado pelo sacerdote na tenda do Tabernáculo, simbolicamente fala da oração dos santos. O incenso, prescrito por Deus, quando usado de maneira adequada pela pessoa certa, atraía a presença do Todo Poderoso YHWH – “… onde Eu virei a ti …”, isto é, tanto o incenso quanto a pessoa deveriam estar em condições de santidade. O incenso errado nas mãos da pessoa certa ou o incenso certo nas mãos da pessoa errada invalidaria a condição de santo de ambos. Para ser aceito na presença de Deus, ambos teriam que estar dentro dos parâmetros estabelecido por Deus.
Se o incenso, alegoricamente, nos remete a oração feita pelos salvos, devemos entender que, e a Palavra de Deus é bem clara nisso, sua fabricação e uso não eram expressamente proibidos, mas que o efeito que se esperava da sua utilização, dentro da expressa vontade de Deus, só seria percebido por aqueles que estivessem coadunados com a vontade de Deus. Trocando em miúdos, o que queremos dizer é que Deus não “ouve” qualquer oração, porém, Ele não proíbe ninguém de orar. A oração como um meio de falar com Deus, não é para uso exclusivo dos salvos, qualquer pessoa, salva ou não, pode orar, todavia, somente serão “ouvidas” as que estiverem acordadas com a vontade de Deus. Os sacerdotes, e tão somente eles, estavam expressamente proibidos de usar o incenso para outro fim que não fosse o de adoração, glorificação e louvor ao nome do Senhor.
Quando Jesus disse aos discípulos a formula da oração, Ele não estava dizendo que eles deveriam repetir as mesmas palavras que Ele pronunciou, mas que a oração deles deveria estar dentro daquelas características, ou seja, nossas orações devem conter adoração, louvor, submissão e, principalmente, fé. Não adianta nossas orações estarem carregadas das mais belas palavras e recheadas dos mais profundos sentimentos se, intimamente, estivermos distantes de Deus – “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.”
“Portanto, vós orareis assim …”, indica que muitas orações de muitas gentes que são direcionadas a Deus, são belos discursos, encharcados dos mais sublimes sentimentos e de uma erudição admirável, contudo, nenhuma das palavras pronunciadas são impulsionadas para o alto, pois, como sabemos, não é o que falamos que atrai Deus em nossa direção. O salvo quando ora, primeiro ele se humilha diante de Deus, glorifica Seu nome, confessa sua dependência e submissão, para depois, e somente depois, invocar seu auxílio.
“Portanto, vós orareis assim …” indica que a oração para os salvos tem um significado mais profundo do que uma simples petição – é uma graciosa oferta de adoração.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.