Quatro tipos de terrenos.
Marcos 4: 4-8
“E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda. Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se. E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto. E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.”
Em todo o ministério terreno do nosso Senhor Jesus, não temos nenhum registro de que Ele esteve impressionado, nem que por algum momento, com a multidão que o acompanhava. Quando Jesus proferiu a parábola do semeador, Ele estava falando de Si mesmo e, também, fazia referência aos que viriam após Ele trabalhando para que o Evangelho fosse disseminado.
Jesus tinha pleno conhecimento de que a mensagem anunciada, não produziria o mesmo efeito em todas as pessoas. Ao usar esta parábola, Jesus, estava declarando que nem todos que o ouvia, estariam dispostos a se submeterem ao efeito que a Palavra de Deus produz naquele que a recebe com fé.
Nesta parábola, Jesus dá uma classificação ao coração dos homens, comparando-o a quatro tipos diferentes de solo, no qual uma semente é lançada e o efeito produzido na semente por causa da característica distinta de cada solo. A semente representa a Palavra de Deus, e o semeador é o servo de Deus que compartilha a Palavra com outros. O coração humano é como o solo: deve ser preparado para receber a semente de modo que esta crie raízes e produza frutos.
Como nos dias de Jesus, há, no meio evangélico, pessoas com as mesmas características da multidão que O acompanhava. Jesus falou de quatro tipos diferentes de solo fazendo analogia a quatro tipos diferentes de reações que as pessoas podem ter, ao receberem a Palavra de Deus.
0 uso de parábolas era comum entre o povo hebreu, mas Jesus as usava com propósito penetrante, especialmente quando entre os ouvintes aumentava o número daqueles que poderiam interpretar mal ou usar mal os seus ensinos. Uma história poderia captar e conservar naturalmente a atenção de um amigo e também de um inimigo; mas, além disso, a parábola examinava o coração, levando a pensamentos e aplicações mais profundos.
A justificativa para esta parábola se encontra na atitude das autoridades judaicas, que deturpavam a imagem de Jesus, e na reação da sua própria família, que não conseguiu compreendê-lo. Por que a pregação do Evangelho não produz resultados uniformes em todos os ouvintes? A resposta da parábola é: “A obra da Palavra Divina não é automática… a natureza da resposta divina é ditada pela natureza do coração que a recebe”.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico do Novo Testamento Beacon