Foi no Calvário que o Senhor Jesus venceu o reino das trevas.
Colossenses 2: 15
“E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.”
Existe um obstáculo intransponível entre Deus e o homem. O homem, por sua vez, não pode removê-lo, não pode transpô-lo e, muito menos, pode ignorá-lo. Ele é real, concreto e mortal. Ora, se o pecado interrompe o relacionamento entre Deus e o homem, e o homem é incapaz de resolver o problema, então a solução só pode vir de Deus. Por isso, Deus tomou a iniciativa de salvar o homem que, apesar de estar irremediavelmente perdido, precisa ser convencido da sua real situação, para isso, Ele nos deu a Sua Palavra, nos deu o Seu Filho e, também, nos deu o Seu Espírito Santo.
O plano de Deus para derrotar o mal foi elaborado nas câmaras conciliares da eternidade. Para que o mal fosse conquistado, primeiro ele precisaria ser permitido. Para permitir o mal a fim de proporcionar um bem ainda maior, Deus precisaria criar criaturas livres. Essas criaturas foram criadas em duas categorias: os anjos e os seres humanos. Este plano de Deus está calcado em vários outros atributos divinos. Por Sua onisciência, Deus já sabia como tudo aconteceria; por Sua onibenevolência, Deus honra o livre-arbítrio que concedeu as suas criaturas e, na Sua onipotência, Deus cumpre todos os seus propósitos. Em uma coisa podemos descansar tranquilamente, na Sua onissapiência, Deus optou pelo meio mais sábio para cumprir Seus propósitos.
Algo que é totalmente inaceitável é ler ou ouvir alguns críticos dizerem que haviam outras formas de Deus criar um mundo melhor – “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?”, e em outro lugar da Sagrada Escritura podemos ler o seguinte: “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia.”
Na Sua infinita sabedoria, Deus não optou por derrotar o mal imediatamente, em vez disto, Nosso Deus decidiu derrotar o mal gradualmente, sem violar nosso direito de liberdade de decisão e, isso está sendo feito ao longo das eras nas chamadas DISPENSAÇÕES.
Cada uma das dispensações corresponde a um período específico de tempo no desdobramento do drama da redenção, no qual Deus ordena um encadeamento de eventos e mandamentos com um propósito especifico, e em Seus propósitos inclui a subjugação do mal.
A morte de Cristo na cruz, marcou oficialmente a derrota do pecado, apesar disto, Satanás continua presente e atuante no mundo, porém ele sabe que o seu destino já está selado e que seu tempo é curto. Enquanto Satanás estiver aqui neste mundo, o pecado, também, existirá. Nenhum dos dois serão extintos de uma forma definitiva, por que lá no inferno ambos continuarão a existir eternamente.
Na cruz cumpriu-se o protoevangelho anunciado no Edém, a serpente mordeu o calcanhar do Salvador e, na Sua ressurreição, Jesus, esmagou-lhe a cabeça.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Teologia Sistemática – Norman Geisler