Pregar o Evangelho já é um grande combate espiritual.
I Tessalonicenses 2: 2
“Mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate.”
Uma das coisas que Paulo está pedindo aos crentes de todas as épocas, e, não somente aos crentes de Tessalônica, é que nunca se esqueçam as aflições, perseguições, tribulações e lutas com que o Evangelho de Cristo foi e é anunciado. Ainda em nossos dias, mesmo que não exista mais as arenas com leões, mesmo que não haja mais fogueiras, nem forcas e nem espadas num sentido literal, ainda assim, anunciar o genuíno Evangelho de Cristo é uma declaração de guerra as hostes da maldade. O mais grave de tudo isto é que as oposições às verdades bíblicas se estabeleceram dentro das igrejas. Desta forma, o primeiro combate a ser travado é dentro do próprio território.
A batalha espiritual é algo que deve ser totalmente compreendido pelo crente, pois, é uma situação que se levanta, na maioria das vezes, de forma imperceptível, insignificante e inofensiva e, nem sempre, eu disse NEM SEMPRE, atingirá as pessoas na esfera do que é estritamente físico. As batalhas espirituais podem ter origem numa das esferas da vida humana com o fim de atingir outra, ou seja, por exemplo, uma batalha pode ter inicio na esfera sentimental para alcançar a espiritual ou vice-versa.
Existe uma batalha espiritual que, comumente, vemos desenrolando dentro das igrejas, é a questão dos relacionamentos entre os irmãos. Como é raro, ou posso dizer sem medo de errar, é impossível encontrarmos alguma igreja onde não exista desavenças entres os irmãos e, não estou me referindo apenas a “picuinhas”, falo de atritos que chegam as raias do absurdo e os irmãos se agridem fisicamente. E, o que mais entristece é que as contendas são motivadas por questões pessoais. Infelizmente, enquanto as igrejas estiverem sendo conduzidas como “clubes de entretenimento”, este tipo de situação será patente no seu meio.
A ousadia com que Paulo anunciava o Evangelho era algo dentro de uma limitação racional. Ele não infringia as leis locais de maneira acintosa. O seu alvo não era o regime político que imperava naquela época e, muito menos queria desbancar o sistema religioso fazendo críticas desleais. Ainda que as pessoas não o vissem com “bons olhos”, uma coisa era imprópria do caráter de Paulo, agora servo do Senhor Jesus Cristo, se atrever a ser infiel a Deus. Por isso, muitas de suas empreitadas em favor do Evangelho foram feitas sob intensa perseguições e açoites. Em tudo isso, vemos declaradamente, uma batalha espiritual que, Paulo como bom soldado declara, ao antever o fim da sua vida – “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.
Nenhuma batalha pode ser considerada boa se não for combatida com lealdade, sinceridade e ousadia. O combate, por parte do crente, é leal quando a Palavra de Deus é a arma insubstituível; é sincero quando as doutrinas bíblicas são expostas de forma clara e concisa; e, por fim, é ousado, não por que faz afrontas a tradições e costumes das pessoas, antes, é por que não recua diante das adversidades.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.